Coordenadores: Dra. Estela Maria Vieira (UFLA-MG/Brasil)
Dr. Jairo Ernesto Luna-Garcia (Universidade Nacional da Colômbia)
Dra. Mariana Veríssimo Soares de Aguiar e Silva (PUC-Minas/PROMESTRE-FAE/UFMG)
Dra. Maristela Vargas Losekann (Hosp. N. Sra. Conceição / Serv Saúde Com. GHC-RS)
Dra. Oneys Del Carmen De Arco Canoles (Universidade Nacional da Colômbia)
Ms. Jurandir Soares da Silva (UEMG/Ibirité)
Ms. Yuri Miguel Macedo (UFMS- Brasil)
Ementa: O tema central deste GT são os usos das noções da ergologia como campo pluridisciplinar, para se compreender os mundos do trabalho, da saúde e da educação. Propõe-se a discutir resultados de pesquisas e reflexões que evidenciam a centralidade do trabalho para a vida humana. No contexto pós pandemia da Covid-19 os mundos do trabalho e os espaços formativos são interrogados. A pandemia expôs condições inéditas, que deram visibilidade aos riscos e desafios para a realização do trabalho em diversos setores da sociedade. Para tanto, parte-se da hipótese de que o trabalho mudou nos últimos anos. O objetivo geral deste GT é fazer dialogar noções e conceitos dos diferentes campos disciplinares que permitam compreender o trabalho humano considerando a situação de crise imprevisível, duradoura e intensa iniciada em 2020. Ao mobilizar a abordagem ergológica como ela poderá ser colocada em diálogo com outros marcos teóricos ou outros campos disciplinares para se evidenciar a complexidade do trabalho humano. Portanto, trata-se de mobilizar a abordagem ergológica para se compreender como suas contribuições possibilitam evidenciar o que acontece nos mundos do trabalho humano em qualquer setor tanto da economia formal como não formal.Com o objetivo de compreender o trabalho para transformá-lo nos interrogamos sobre o lugar destinado à vida humana no trabalho. Como o corpo-si se manifesta ao trabalhar na informalidade? Como desvincular o trabalho do emprego? Quais categorias profissionais surgem e qual trabalho alguns jovens se recusam a realizar? Como os trabalhadores recompõe a centralidade do trabalho por meio de um “corpo-si” revitalizado por seus debates de normas e valores. Serão acolhidas propostas de trabalhos de pesquisas de diversas abordagens teóricas e metodológicas que se apoiam em semelhante hipótese. Considerando a crítica à visão economicista e mercadológica do trabalho e das profissões, esse grupo preconiza uma reflexão sobre as seguintes dimensões:
– Dramáticas dos usos de si por si e pelos outros, vivenciadas por homens e mulheres, pretos e brancos, ricos e pobres, crianças e adolescentes, jovens e adultos, deficientes ou não nos mundos do trabalho.
– As Evidências sobre a distância entre o trabalho prescrito e o trabalho real, políticas institucionais e estruturas de acompanhamento e apoio para a gestão do trabalho e experiências de participação política e perda de direitos conquistados pelos trabalhadores.
– Os saberes constituídos e os saberes investidos e as formas de apropriação das noções da Ergologia. Transformações no mundo do trabalho nos campos da Saúde, da Educação e de outros campos dos saberes e modalidades de apropriação da tecnologia.
– As experiências de trabalho durante a pandemia da Covid-19 que produziram mudanças significativas, de forma a reconfigurar o trabalho humano.
– A renormatização e os critérios para repensar o trabalho, os novos cenários: condições de trabalho, relações de trabalho, precarização do trabalho,evidencias do trabalho análogo ao trabalho escravo.